domingo, 24 de outubro de 2010

A tua Paz

Eu quis tanto ser a tua paz (Caio F. Abreu): é tão simples e complexo ao mesmo tempo. Sem a pretensão de querer ser, tampouco ter, vivemos à procura de paz. Não que queiramos que alguém nos dê o que basta fecharmos os olhos e aí (sim!) enxergarmos o que sempre foi nosso. Tudo está, nada será. E o que mais me inquieta é alguém apostar todas as suas fichas em outrem, como se só o outro fosse capaz de solidificar o que já é líquido (e que bom que tudo passa a ser líquido). Chega de embotamento. O que embota, mata. E, porque embota, é mais fácil manipular. A vida é líquida. E assim tenho a nítida impressão de que tenho mais paz, quando encontro-me comigo mesma, com minhas angústias, minhas fraquezas, minhas frustrações. Tendo a minha paz, tenho, talvez, condições de ser a tua paz.

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